terça-feira, 12 de abril de 2011


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Ouviram do Ipiranga as margens plácidas(As margens pacíficas do Ipiranga ouviram)De um povo heróico o brado retumbante, (O grito de um povo heróico que, ao longe, pôde ser ouvido) E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, (E o sol da liberdade, com raios que brilhavam muito)Brilhou no céu da pátria nesse instante.Brilhou no céu do Brasil naquele momento.
E o penhor desta igualdade
(Se a garantia dessa igualdade)
Conseguimos conquistar com braço forte.
(Conseguimos conquistar com nossas próprias mãos,)
Em teu seio, ó liberdade,
(Por você, que nos deu a liberdade,)
Desafia o nosso peito a própria morte!
(Nosso peito desafia a própria morte!) Ó pátria amada,
(Ó, país amado,)Idolatrada,
(Idolatrado,) Salve! Salve!
(Que você seja abençoado) Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
(Brasil, se a imagem do Cruzeiro do Sul) De amor e de esperança à terra desce,
(Brilha tanto no teu céu transparente e alegre,) Se em teu formoso céu, risonho e límpido
(Um sonho intenso, um raio maravilhoso de amor e de esperança) A imagem do cruzeiro resplandece.
(Desce até a Terra.) Gigante pela própria natureza, 
(A própria natureza te fez tão grande,) És belo, és forte, impávido colosso,
(Você é belo, é forte, gigante sem medo) 
E o teu futuro espelha essa grandeza.
(E no teu futuro continuará a ser grande.) Terra adorada,
(Terra que amamos,) Entre outras mil, 
(Entre tantos outros,) És tu Brasil
(Você, Brasil,) Ó pátria amada!
(É o país que amamos.) Dos filhos deste solo és mãe gentil,
(Você é a bondosa mãe dos que nascem aqui,) Pátria amada,
(Amada terra natal,) Brasil!
(Brasil!)
Deitado eternamente em berço esplêndido
(Deitado para sempre em um berço grandioso,) Ao som do mar, e à luz do céu profundo,
(Banhado pelo som do mar e pela luz do céu, que só aqui brilha tanto assim,) Fulguras, ó Brasil, florão da América, 
(Se destaca, ó Brasil, "preciosidade"da América",) Iluminado ao sol do novo mundo!
(Banhado pelo sol que ilumina os novos continentes.) Do que a terra mais garrida,
(Teus alegres e lindos campos,) Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
(Têm mais flores do que a terra mais produtiva;) "Nossos bosques tem mais vida," 
(Assim como nossas florestas são mais belas) "Nossa vida" no teu seio "mais amores".
(Nossa vida, quando estamos aqui, tem mais felicidade.) 
Ó pátria amada,
(Ó, país amado,)Idolatrada,
(Idolatrado,) Salve! Salve!
(Que você seja abençoado) Brasil, de amor eterno seja símbolo
(Brasil, que para sempre tua bandeira cheia de estrelas,) 
O lábaro que ostentas estrelado
(Seja símbolo de amor eterno) E diga o verde-louro dessa flâmula
(E que o verde-amarelo da bandeira diga) - Paz no futuro e glória no passado.
(- Paz no futuro e honra e brilho no passado,) Mas, se ergues da justiça a clava forte, 
(Mas, se um dia você erguer sua arma da justiça em uma guerra,)
Verás que um filho teu não foge à luta, 
(Vai ver que um filho teu jamais foge a uma luta,)
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
(E quem te adora, não teme nem a própria morte) Terra adorada,
(Terra que amamos,) Entre outras mil, 
(Entre tantos outros,) És tu Brasil
(Você, Brasil,) Ó pátria amada!
(É o país que amamos.) Dos filhos deste solo és mãe gentil,
(Você é a bondosa mãe dos que nascem aqui,) Pátria amada,
(País que amamos,) Brasil!
(Brasil!)




Em 1831, Dom Pedro anunciou que estava deixando o trono de imperador do Brasil para seu filho e voltaria a Portugal. Foi a oportunidade que o músico Francisco Manuel da Silva estava esperando para apresentar a sua composição. Ele colocou a letra de um verso do desembargador Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva e o hino foi cantado pela primeira vez no dia 13 de abril de 1831, na festa de despedida de Dom Pedro I. Durante algum tempo, porém, a música teve o nome de "Hino 7 de Abril", data do anúncio da abdicação.

A letra de Ovídio Saraiva foi considerada ofensiva pelos portugueses. Eles foram chamados até de "monstros". Por isso, ela foi esquecida em pouco tempo, mas a partitura de Francisco Manuel da Silva começou a ser executada em todas as solenidades públicas a partir de 1837. Para comemorar a coroação de Dom Pedro II, em 1841, o hino recebeu novos versos, de um autor desconhecido. Por determinação de Dom Pedro II, a música passou a ser considerada o Hino do Império e deveria ser tocada todas vezes em que ele se apresentasse em público, em solenidades civis e militares, mas sem letra. Era também tocada no exterior sempre que o imperador estivesse presente. Francisco Manuel ficou bastante famoso. Recebeu vários convites para dirigir, fundar e organizar instituições musicais. Mas o Brasil continuava com um hino sem letra.

Quando a República foi proclamada, em 1889, o governo provisório resolveu fazer um concurso para escolher um novo hino. Procurava-se algo que se enquadrasse no espírito republicano. Primeiro escolheram um poema de Medeiros e Albuquerque, que tinha sido publicado no jornal Diário do Comércio do Rio de Janeiro em 26 de novembro de 1889. É aquele que começa com o verso "Liberdade, Liberdade, abre as asas sobre nós". A letra se encontrava à disposição dos maestros que quisessem musicá-la. No primeiro julgamento, dia 4 de janeiro de 1890, 29 músicos apresentaram seus hinos. A Comissão Julgadora selecionou quatro para a finalíssima. No dia 15 de janeiro, numa sessão em homenagem ao Marechal Deodoro no Teatro Santana, perguntaram ao novo presidente se ele estava ansioso pela escolha do novo hino. Ele disse: "Prefiro o velho". Cinco dias depois, no Teatro Lírico do Rio de Janeiro, uma banda marcial composta de 70 figurantes, fanfarra e coro de 30 vozes regida pelo maestro Carlos de Mesquita executou as músicas finalistas. Na ordem, os hinos de Antonio Francisco Braga, Jerônimo de Queirós, Alberto Nepomuceno e Leopoldo Miguez. Nessa primeira audição, segundo o regulamento, estavam proibidos os aplausos. Após um curto intervalo, a banda executou de novo os quatro hinos. Aí, sim, o público pôde se manifestar. O mais aplaudido foi o do maestro Miguez, que também foi escolhido pela Comissão Julgadora. O presidente Deodoro e quatro ministros deixaram o camarote oficial e voltaram em seguida. O ministro do Interior, Aristides Lobo, leu o decreto que conservava a música de Francisco Manuel da Silva como hino nacional. Mesmo sem a partitura, a orquestra tocou a música e a platéia delirou. Como prêmio de consolação, a obra de Medeiros e Albuquerque e de Leopoldo Miguez ficou conhecida como o Hino da Proclamação da República. Só que o problema persistia: o Brasil tinha um hino sem letra. Mas, se a música já era tão bonita, por que precisava de uma letra? Por mais que alguém se habitue a uma música, se ela não tiver letra, fica mais difícil de ser memorizada.

Só em 1909 é que apareceu o poema de Joaquim Osório Duque Estrada. Não era ainda oficial. Tanto que, sete anos depois, ele ainda foi obrigado a fazer 11 modificações na letra. Duque Estrada ganhou 5 contos de réis, dinheiro suficiente para comprar metade de um carro. O Centenário da Independência já estava chegando. Aí o presidente Epitácio Pessoa declarou a letra oficial no dia 6 de setembro de 1922. Como Francisco Manoel já tinha morrido em 1865, o maestro cearense Alberto Nepomuceno foi chamado para fazer as adaptações na música. Finalmente, depois de 91 anos, nosso hino estava pronto!

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