terça-feira, 31 de maio de 2011


                                   PROJETO                                    
 NOME DO PROJETO:A.S.H.
      "ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E HIGIÊNICA"
 OBJETIVO:


DESCRIÇÃO:QUEREMOS, QUE O REFEITÓRIO PERMANEÇA UM LUGAR HIGIÊNICO ;LIMPO E DE BEM-ESTAR.NÃO SÓ ISTO MAS TAMBÉM MELHORAR A COMIDA QUE LHE É SERVIDA.


quinta-feira, 26 de maio de 2011


                                                                 

                  

                                                 

quarta-feira, 11 de maio de 2011

"MENINA DE OURO"

 

À primeira vista o filme é uma simples história de boxe sobre uma mulher revoltada e o grisalho treinador de boxe, católico de origem irlandesa, que faz dela sua pupila. Sob a direção cuidadosamente enxuta de Eastwood, cuja obra vem se transformando no equivalente cinematográfico à prosa enxuta e precisa de Ernest Hemingway, a história emerge como uma raridade: uma tragédia que nos enaltece e inspira.
Menina de Ouro talvez não agrade a tantos espectadores quanto os que geralmente aplaudem os filmes de Eastwood. Falta ao filme a energia propulsiva de Sobre Meninos e Lobos, que, afinal de contas, era uma história policial. Há poucos momentos em que a história sai do ringue ou da academia de boxe.
O roteiro assinado por Paul Haggis é baseado num conto do livro Rope Burns: Stories From the Corner, uma coletânea de contos baseados nas experiências do lutador e empresário de boxe Jerry Boyd, que os escreveu aos 70 anos, sob o pseudônimo de F.X. Toole. O espectador terá que se acostumar a um estilo de escrita que favorece os estereótipos e as tramas já batidas.
É a força da personalidade que Eastwood, Hilary Swank e Morgan Freeman conferem a esses ratos de academia de boxe que os transforma em arquétipos convincentes de uma história de heroísmo quase místico.
Frankie Dunn (Eastwood) é um homem emocionalmente fechado e amargo. Distanciado de sua filha - embora o filme não chegue a mostrar as razões disso -, ele se fecha em sua academia no centro de Los Angeles, cercado por lutadores e por Scap (Morgan Freeman), o ex-boxeador que dirige o estabelecimento.
Frankie também mantém boas relações com Deus. Ele vai à missa quase todos os dias, mas o faz sobretudo para discutir com o exasperado padre (Brian O'Byrne).
Quando Maggie Fitzgerald (Hilary Swank), uma garota pobre e emocionalmente marcada do interior, pede a ele que a treine para virar pugilista, sua resposta é curta e grossa: ela é velha demais (tem 31 anos) e ele não treina "garotinhas".
Mas Maggie passa um ano malhando na academia, de vez em quando recebendo dicas de Scrap, até cansar Frankie ao ponto em que ele, a contragosto, a aceita como aluna. Lutadora e treinador se preparam para uma luta valendo um campeonato.
Nesse ponto a história deriva repentinamente para a tragédia, obrigando os dois a enfrentar o verdadeiro sentido do amor e as maneiras estranhas pelas quais o destino pode redimir as pessoas.
O filme tem poucos personagens. Jay Baruchel faz um deficiente mental que nutre a ilusão de virar boxeador. A família pobre de Maggie ameaça inundar o filme em clichês. Com essas exceções, Menina de Ouro é um drama baseado em apenas três personagens.
Como não poderia deixar de acontecer, Maggie vira a filha que tanta falta faz a Frankie, mas a relação deles é combativa, e eles nunca conseguem ficar na mesma sintonia até o final.
Do mesmo modo, Frankie e Scrap brigam como se fossem marido e mulher de muitos anos, mas, por baixo da superfície, uma simbiose poderosa os une.
Na última luta da vida de Scrap, este perdeu um olho, e esse fato deixou Frankie cauteloso ao extremo. Ele recomenda a seus lutadores que se protejam, mas o que ele realmente quer é proteger a si mesmo. Por isso ele nunca os encaminha para lutas que valham títulos, e isso os leva a procurar empresários que o façam. Quando ele finalmente concorda em fazê-lo, seus piores medos se realizam.
O filme é narrado por Scrap, num relato no qual a poesia e as reflexões às vezes soam um pouco estudados demais. Como diretor, Clint Eastwood mantém as cenas individuais simples e ágeis, como as lutas de Maggie. Assim que consegue o impacto emocional que procura, ele corta e passa para outra cena.